Publicado em
27/08/2025
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A busca por talentos é uma das tarefas mais importantes do RH, mas também uma das mais desafiadoras.
Um RH estruturado dificilmente confia apenas no currículo ou nas informações fornecidas pelo próprio candidato, pois sabe que é um risco que pode ser evitado.
Veja como se tornar um em: Seja um RH mais estratégico ao adotar a checagem de antecedentes
Nesse cenário, surge a necessidade de obter dados com alta granularidade e verificáveis sobre a jornada profissional de um candidato para garantir contratações seguras e alinhadas aos objetivos da empresa.
No Brasil, o CAGED (cadastro geral de empregados e desempregados) sempre foi uma das fontes mais conhecidas e utilizadas para checagem de histórico profissional. Ele oferece dados relevantes sobre admissões e desligamentos de trabalhadores, permitindo ao RH confirmar parte do histórico profissional apresentado.
Por isso, este artigo tem o objetivo de mostrar como consultar o CAGED em contratações e como esse processo pode ser utilizado na verificação de dados profissionais e por que é necessário ir além dessa base de informações para realmente proteger sua empresa contra riscos trabalhistas, fraudes e contratações equivocadas.
O CAGED, que significa Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, é um sistema criado pelo Governo Federal para fornecer dados sobre o mercado de trabalho formal.
A sua função principal é monitorar as contratações e demissões no regime da CLT, o que ajuda na organização de políticas públicas, como o seguro-desemprego.
O sistema funciona como um grande banco de dados, onde são registradas todas as movimentações de trabalhadores com carteira assinada, incluindo data de admissão e demissão, cargo e salário.
Veja aqui: Riscos de verificar antecedentes do seu candidado apenas em banco de dados: o que você precisa saber
Com a chegada do eSocial, as empresas enviam essas informações diretamente por lá, simplificando a rotina do departamento pessoal.
A consulta do CAGED em contratações é importante tanto para o governo quanto para os trabalhadores, porém para o governo, ele serve como uma ferramenta de monitoramento do mercado de trabalho, e para o trabalhador, o registro no CAGED é essencial para a garantia de direitos como o seguro-desemprego e o FGTS.
A consulta ao CAGED em contratações pode ser feita diretamente no site oficial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Lá, é possível acessar os registros de admissões, desligamentos e vínculos empregatícios informados pelas empresas ao governo.
Descubra: Demissão sem justa causa: entenda como reduzir essa situação
Para o RH, essa consulta é uma forma de confirmar parte do histórico profissional apresentado pelo candidato, validando informações como datas de entrada e saída, funções ocupadas e se houve rescisões formais registradas.
No entanto, vale lembrar que o CAGED é apenas uma base oficial de dados trabalhistas e não substitui uma checagem completa de antecedentes. Ele deve ser usado como apoio no processo de contratação, aliado a outras ferramentas de verificação, como o background check, para garantir maior segurança e conformidade jurídica.
Antes, as empresas precisavam transmitir ao CAGED cada movimentação de forma separada. Isso mudou a partir de janeiro de 2020, quando a Portaria/MTP nº 671/2021 determinou que a obrigação passou a ser cumprida diretamente pelo eSocial.
Veja também: 7 erros básicos no processo de admissão que você deve evitar
Na prática, as empresas dos grupos 1, 2 e 3 foram as primeiras a adotar o novo formato:
Já em fevereiro de 2023, o Grupo 4 (pessoas jurídicas de direito público e organizações internacionais) também passou a registrar admissões e desligamentos apenas pelo eSocial.
Essa mudança simplificou a rotina do RH e do Departamento Pessoal, mas exige atenção aos prazos para evitar inconsistências nas obrigações trabalhistas.
Acesse e descubra: 5 dicas para otimizar suas novas contratações em 2025
Com a integração do CAGED em contratações ao eSocial, as informações antes enviadas ao Cadastro Geral passaram a ser obrigatoriamente registradas no novo sistema.
Veja também: Novas tecnologias para RH
Isso vale para qualquer movimentação de trabalhadores sob regime da CLT, abrangendo diferentes tipos de empregadores e vínculos formais.
Na prática, precisam declarar:
Também acesse: Quanto custa um processo trabalhista para a sua empresa?
O Governo Federal estabelece prazos diferentes para envio das informações ao CAGED em contratações, e o RH precisa estar atento a cada um deles:
Acesse também: Utilize seu conhecimento jurídico para minimizar riscos nas contratações
Não cumprir essas obrigações pode trazer consequências sérias, como:
Leia: Checagem trabalhista: veja como reduzir ações trabalhistas
Se a sua empresa ainda se enquadra na obrigatoriedade, existem duas formas principais de transmitir as informações ao CAGED em contratações:
Após o envio, o empregador deve guardar o recibo de entrega e o extrato da movimentação processada, que comprovam o cumprimento da obrigação. Já as empresas que migraram para o eSocial devem transmitir as informações diretamente por lá.
Acesse também: Principais tipos de employer screening: contrate com confiança
A reforma trabalhista de 2017 trouxe impactos diretos no CAGED em contratações. Entre eles:
Essas mudanças facilitaram processos para o RH, mas exigem atenção redobrada no envio das informações.
Veja também: Verificação de documentos na admissão: o que checar antes de contratar
Mesmo com prazos definidos, muitas empresas acabam perdendo o prazo de envio do CAGED em contratações. Quando isso acontece, o RH deve:
Vale lembrar que a multa varia de acordo com o número de funcionários e o tempo de atraso. Se a empresa não se regularizar, o Ministério do Trabalho pode aplicar penalizações ainda maiores.
Veja aqui: Por que preciso de gestão de riscos em minha empresa?
Por isso, a organização e o acompanhamento dos prazos são fundamentais para evitar prejuízos financeiros e riscos legais.
O CAGED em contratações continua sendo uma ferramenta importante para validação de vínculos formais e atendimento às obrigações legais.
Porém, quando pensamos em segurança no processo seletivo, ele se mostra limitado, fornecendo apenas dados básicos de admissões e desligamentos, sem contemplar aspectos mais amplos da trajetória profissional ou possíveis riscos ocultos.
Leia mais em: Esse é o prejuízo de não verificar antecedentes de seus candidatos para sua empresa
Por isso, empresas que desejam contratações mais seguras e estratégicas precisam ir além. A combinação de diferentes fontes de dados, integrada a soluções de background check automatizado, oferece uma visão muito mais completa do candidato.
Isso garante decisões embasadas, redução de riscos trabalhistas e maior conformidade jurídica.
Para saber mais como funciona essa solução, acesse nosso site.
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Monise Soares
Estagiária de Marketing com foco em Produção de Conteúdo sobre Gestão de Riscos na BGC Brasil e estudante de Marketing Digital no Centro Universitário Internacional (UNINTER).
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