Publicado em
28/07/2025
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A busca por segurança em processos de contratação é uma prioridade para qualquer empresa.
No entanto, uma dúvida comum e de alta sensibilidade paira sobre o setor de RH: qual a legalidade de se realizar consulta em BO (Boletim de Ocorrência) ou em sistemas policiais para avaliar candidatos?
O risco de não estar em conformidade com a lei é considerável, envolvendo aspectos críticos como segurança jurídica, privacidade de dados e a possibilidade de futuras sanções.
Este artigo tem como objetivo esclarecer o que a legislação brasileira permite e como garantir uma checagem de antecedentes completa e, acima de tudo, legal, sem utilizar esses tipos de dados para a análise de risco dos seus candidatos ou parceiros.
É fundamental compreender que o Boletim de Ocorrência (BO) é um registro administrativo de um fato comunicado à polícia.
Por si só, ele não significa que a pessoa envolvida seja culpada de algo ou que haja um processo judicial em andamento. Um BO é apenas o registro inicial de uma comunicação, que pode ou não evoluir para uma investigação ou processo.
Outro ponto crucial é diferenciar o BO da Certidão de Antecedentes Policiais.
Esta última é um documento emitido por órgãos policiais que registra ocorrências criminais com decisão transitada em julgado, ou seja, onde já houve uma condenação definitiva e não cabe mais recurso. Ela não inclui simples BOs ou investigações que não resultaram em condenação.
O acesso a sistemas policiais e consulta em BOs por particulares, especialmente para fins de contratação, é restrito.
Leia: Verificação de antecedentes em delegacias de polícia: por qual motivo não utilizar essa fonte
Isso se deve a princípios legais fundamentais, como a proteção da privacidade e da presunção de inocência dos indivíduos.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) reforça essa proteção, estabelecendo regras claras sobre a coleta, armazenamento e uso de dados pessoais, especialmente os sensíveis.
Empresas que realizam consulta em BO correm riscos jurídicos, podendo ser acusadas de discriminação e enfrentar processos judiciais que mancham sua reputação e geram prejuízos financeiros.
Confiar em Boletins de Ocorrência ou em sistemas policiais para checagens de antecedentes não é uma prática recomendada e, em boa parte dos casos, é legalmente questionável.
Um BO, como mencionado, é apenas o registro de um fato, não é um veredito ou uma condenação.
Utilizar essa informação isoladamente pode levar a interpretações equivocadas e decisões de contratação discriminatórias, baseadas em meras suspeitas ou fatos ainda não comprovados judicialmente.
Uma solução ética de background check deve focar em dados públicos e fontes abertas que sejam legalmente acessíveis e verdadeiramente relevantes para a gestão de riscos.
Isso inclui processos judiciais (cíveis e criminais com trânsito em julgado), processos trabalhistas, mídias negativas, listas restritivas (nacionais e internacionais), histórico profissional e educacional, e validação de dados cadastrais.
Essas fontes fornecem informações concretas e pertinentes, sem recorrer à consulta em BO ou a sistemas internos da polícia, cuja finalidade e acesso são restritos às autoridades competentes.
Saiba mais: Alta taxa de negativo no Background Check: um alerta para a qualidade do seu processo
A abordagem ideal visa evitar a discriminação e garantir que a análise de risco seja feita com base em informações concretas e legalmente válidas. É uma questão de proteger tanto a empresa quanto os direitos de quem está sendo verificado.
Um background check seguro compreende a complexidade e a sensibilidade das checagens de antecedentes. Por isso, a solução da BGC foi desenvolvida para garantir segurança e conformidade em cada etapa.
Nós nos baseamos em:
Leia mais em: Realize a consulta de antecedentes de modo 100% automatizado
Esses diferenciais reforçam a segurança jurídica e a privacidade de dados como pilares da nossa solução, o que garante decisões assertivas e protegidas.
A segurança nas contratações é inegociável, mas deve ser sempre balizada pelos limites da lei.
Realizar uma consulta em BOs ou em sistemas policiais para fins de RH não é a prática recomendada nem legalmente segura, podendo expor sua empresa a sérios riscos.
Conte com uma solução que oferece relatórios e indicação de risco automatizados, alta precisão e acesso aos dados mais relevantes para sua tomada de decisão, sem comprometer a privacidade ou a legalidade.
Fale conosco e descubra como as soluções de checagem da BGC Brasil podem garantir contratações seguras, transparentes e totalmente dentro da lei!
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Monise Soares
Estagiária de Marketing com foco em Produção de Conteúdo sobre Gestão de Riscos na BGC Brasil e estudante de Marketing Digital no Centro Universitário Internacional (UNINTER).
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