Publicado em
06/12/2024
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As legislações são um conjunto de normas jurídicas que regem o comportamento de cidadãos e organizações dentro de um território e por isso devem ser sempre compreendidas pelo compliance.
Por conta do aumento das exigências regulatórias, hoje existe uma necessidade de maior transparência nos ambientes coorporativos. Isso porque empresas e organizações, independentemente de seu porte ou setor, enfrentam desafios constantes para garantir que suas operações estejam em conformidade com as leis e regulamentos vigentes.
Nos últimos anos, o Brasil presenciou uma intensificação no combate à corrupção e à prática de atos ilícitos, com operações destacando lacunas no cumprimento das legislações. Esses eventos trouxeram à tona a importância de programas de compliance, não apenas como ferramentas para evitar penalidades, mas também como um diferencial estratégico que reforça a reputação e a credibilidade das organizações.
Veja mais em 10 Pilares para um Programa de Compliance.
Além disso, o avanço tecnológico e a interconexão global ampliaram a necessidade de monitoramento rigoroso de processos internos e externos. A legislação passou a incluir elementos como a governança corporativa, a transparência e a gestão de riscos, exigindo que empresas adotem uma postura proativa para evitar irregularidades.
Nesse contexto, compliance deixou de ser uma escolha e se tornou uma obrigação estratégica para a sobrevivência no mercado. Mas como estar atualizado sobre as leis vigentes e aplicáveis a sua empresa? Confira nosso artigo e saiba mais!
O Brasil começou a consolidar práticas de compliance a partir da década de 1990, com o fortalecimento do sistema jurídico e a criação de órgãos como o COAF. As primeiras leis específicas para compliance visavam combater a corrupção, a lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.
O marco mais significativo foi a promulgação da Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013), que estabeleceu diretrizes claras para a responsabilização de empresas envolvidas em atos ilícitos.
Com o passar dos anos, a cultura de compliance ganhou força, especialmente após a Operação Lava Jato, que trouxe à tona casos de corrupção sistêmica. Esse contexto evidenciou a importância de uma estrutura de conformidade nas organizações, independentemente de seu porte ou setor.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, responsável por monitorar e prevenir crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Criado em 1998, o COAF atua como um ponto central no combate a irregularidades financeiras, analisando movimentações suspeitas e colaborando com outras entidades reguladoras.
Nesse sentido, o trabalho do COAF é essencial para identificar operações incompatíveis com a legislação brasileira e alertar as autoridades competentes. Sua atuação inclui a aplicação de sanções administrativas e a criação de relatórios que orientam políticas públicas de controle financeiro.
A legislação brasileira é ampla e abrange diversas áreas que impactam diretamente as práticas de compliance. Conheça algumas das principais leis e normas:
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece direitos e deveres entre consumidores e empresas. No contexto de compliance, ele é fundamental para garantir práticas comerciais justas, transparentes e livres de abusos.
A Lei nº 9.613/1998 define crimes de lavagem de dinheiro e estabelece mecanismos de controle financeiro. Essa legislação exige que empresas de setores específicos, como bancos, adotem políticas de prevenção e monitoramento.
A Lei nº 12.529/2011 visa combater práticas anticoncorrenciais, como monopólios e cartéis. Sua aplicação é essencial, especialmente para compliance concorrencial, para promover um ambiente de negócios justo e competitivo.
Sancionada em 2011, a Lei nº 12.527 garante a transparência e o acesso a dados públicos. No âmbito do compliance, ela reforça a importância da prestação de contas por parte de empresas e órgãos públicos.
A Lei nº 12.846/2013 responsabiliza empresas por atos de corrupção, mesmo que realizados por seus funcionários. Ela destaca a necessidade de programas internos de compliance para prevenir práticas ilícitas.
Essa legislação define limites entre as atividades públicas e privadas de agentes públicos, evitando conflitos éticos. É uma diretriz importante para empresas que interagem com o setor público.
A Lei nº 13.303/2016 regula a governança e a transparência nas empresas públicas, estabelecendo requisitos de conformidade e integridade.
Nos últimos anos, o Brasil registrou avanços significativos na legislação de compliance, refletindo a evolução de práticas globais e a crescente demanda por transparência.
Atualizações na Lei Anticorrupção reforçaram a obrigatoriedade de programas de integridade em empresas que contratam com o poder público.
O programa busca promover a igualdade de gênero e garantir ambientes de trabalho mais inclusivos. Essa medida é parte de uma legislação mais ampla voltada à responsabilidade social das empresas.
As mudanças visam tornar mais eficiente o combate a práticas anticoncorrenciais, incentivando mercados mais equilibrados e competitivos.
A não conformidade com a legislação pode acarretar graves sanções, incluindo multas milionárias, suspensão de atividades, perda de licenças e danos reputacionais.
Em casos de corrupção e lavagem de dinheiro, as penalidades podem incluir prisão de executivos e bloqueio de bens das empresas envolvidas.
Além das sanções legais, a falta de compliance pode afastar investidores e comprometer a sustentabilidade financeira da organização.
Manter-se em conformidade exige um esforço contínuo. Aqui estão algumas práticas essenciais:
As tecnologias têm se tornado aliadas indispensáveis no compliance. Ferramentas como inteligência artificial e big data permitem monitorar transações, identificar irregularidades e garantir a conformidade em tempo real.
É o caso da nossa plataforma de background check, que foi desenvolvida para ajudar as empresas a identificarem riscos associados a pessoas, empresas e ativos.
Com ela, é possível realizar a verificação de antecedentes e a análise de integridade de parceiros comerciais, fornecedores e colaboradores, garantindo que todas as relações de negócios estejam alinhadas com as normas de compliance.
Além disso, nossa plataforma permite o monitoramento contínuo dessas informações, com atualizações em tempo real, possibilitando que você tome decisões mais assertivas e mitigue riscos antes que se tornem problemas.
Quer conhecer mais? Visite nosso site e fale com um de nossos especialistas!
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Maria Eduarda
Especialista em Produção de Conteúdo sobre Gestão de Riscos na BGC Brasil e estudante de Comunicação Social em Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
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