Publicado em
15/10/2025
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Black Friday é uma data comercial que marca o início da temporada de compras de fim de ano, caracterizada por grandes promoções e descontos em produtos e serviços. Tradicionalmente realizada na sexta-feira seguinte ao feriado norte-americano de Ação de Graças, ela se popularizou em diversos países, inclusive no Brasil como um dos períodos mais importantes para o varejo físico e digital.
Ela veio dos Estados Unidos, país onde acontece o Dia de Ação de Graças (feriado pré Black friday) e chegou ao Brasil, nos últimos anos e se transformou como um verdadeiro fenômeno de promoções e ofertas, movimentando bilhões de reais em poucos dias.
No entanto, junto com as promoções e oportunidades, surgem também os riscos tais como golpes, sites falsos, preços enganosos e promoções “metade do dobro” que se tornaram problemas recorrentes nessa época. Acontece que a empolgação com as ofertas, muitas vezes, abre brechas para armadilhas digitais e fraudes financeiras.
Nesse sentido, saber identificar 6 práticas suspeitas, checar a reputação das lojas e usar canais de pagamento seguros são atitudes essenciais para aproveitar os descontos sem cair em ciladas. Afinal, para de fato aproveitar suas compras, a segurança não pode faltar.
A Black Friday nasceu nos Estados Unidos, no início dos anos 1960. O termo foi criado por policiais da Filadélfia, que o usavam para descrever o caos urbano que tomava conta da cidade na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças. Na data, multidões de consumidores saíam às ruas e lotavam as lojas para aproveitar o feriado prolongado e dar início às compras de Natal.
O intenso movimento causava engarrafamentos, tumultos e até pequenos incidentes, o que fez com que a expressão “Black Friday” tivesse, a princípio, um sentido negativo, associado ao transtorno e à desordem.
Com o passar dos anos, porém, o comércio percebeu o potencial lucrativo da ocasião e ressignificou o termo. A partir da década de 1980, “Black Friday” passou a representar o período em que os lojistas saíam do prejuízo e voltavam ao lucro, conforme a simbologia usada na contabilidade.
Desde então, a data se tornou um marco do varejo norte-americano, com cenas icônicas de filas nas portas das lojas e consumidores disputando os melhores descontos em eletrônicos, roupas e eletrodomésticos. Com o tempo, o fenômeno se espalhou pelo mundo, transformando-se em um dos eventos comerciais mais aguardados do ano.
Em 2010, pela influência do comércio eletrônico e do sucesso norte-americano, a Black Friday chega oficialmente ao Brasil. A primeira edição despertou enorme curiosidade e rapidamente conquistou os consumidores, especialmente com ofertas em produtos de tecnologia.
O termo “Black fraude” surgiu como uma crítica bem-humorada ao modo como a black friday passou a ser reconhecida no Brasil. Isso porque, infelizmente, muitas empresas anunciam descontos falsos, aumentando os preços dias antes para depois oferecer supostas “promoções” que, na prática, tem o valor original.
Além disso, por ser uma época de intenso volume de compras e ofertas, o período acabou abrindo espaço para golpes, fraudes, anúncios falsos e vazamento de dados pessoais. A combinação desses fatores fez com que a tradicional data de descontos ganhasse uma reputação duvidosa.
Leia também sobre Compliance consumerista: de que maneiras identificar riscos na relação empresa e consumidor
No entanto, com o amadurecimento do e-commerce e o fortalecimento das políticas de proteção ao consumidor, o cenário vem evoluindo. Hoje, muitas marcas sérias investem em transparência, segurança e comunicação clara para reconquistar a confiança do público.
Ainda assim, o apelido continua servindo como um lembrete importante: é preciso atenção redobrada para distinguir boas oportunidades das armadilhas disfarçadas de oferta.
Durante a Black Friday, a alta demanda por ofertas e promoções acaba sendo um terreno fértil para golpes. Diante disso, conhecer os tipos mais comuns de fraude ajuda a se proteger e aproveitar as promoções com segurança. Entre os principais golpes estão:
Saber reconhecer os principais golpes é o primeiro passo, mas adotar boas práticas de segurança é o mais importante para comprar com tranquilidade. Confira a tabela e veja como se proteger de cada tipo de fraude:
Mesmo tomando cuidado, é possível acabar caindo em algum golpe durante a Black Friday. O importante é agir rápido para minimizar os danos e tentar reverter a situação.
Passo a passo sobre o que fazer caso cai em um golpe na Black Friday
Se a compra foi feita no cartão de crédito, entre em contato com o banco ou operadora e solicite o cancelamento da transação.
Mude imediatamente as senhas de acesso ao seu e-mail, bancos e sites de compras. Se usou a mesma senha em outros serviços, altere também. Isso evita que o golpe se estenda para outras contas.
Faça o boletim de ocorrência online pelo site da Polícia Civil do seu estado ou presencialmente em uma delegacia. Guarde todos os comprovantes de pagamento, e-mails e conversas, porque eles serão úteis para investigação e eventuais estornos.
Se o golpe envolveu uma loja falsa, informe o Procon e o site ou marketplace onde viu o anúncio.
Alguns marketplaces e bancos têm canais específicos para denúncias e podem auxiliar na mediação.
Denunciar e alertar outras pessoas é uma forma de evitar que mais consumidores caiam no mesmo golpe. Poste em redes sociais, Reclame Aqui ou fóruns de consumidores, sempre com cuidado para não expor dados pessoais
Durante a Black Friday, o aumento no volume de vendas, transações e contratações também eleva o risco de fraudes. Por isso, o varejista precisa redobrar os cuidados tanto com os processos digitais quanto com as pessoas envolvidas.
Ter um e-commerce com certificado HTTPS, sistemas antifraude e gateways de pagamento confiáveis é essencial para evitar invasões e transações indevidas. Além disso, monitorar atividades atípicas e realizar testes de segurança antes do evento ajuda a identificar vulnerabilidades a tempo.
Outro ponto fundamental é o cuidado com as contratações. No período da Black Friday, muitas empresas ampliam suas equipes com temporários e terceirizados.
Por isso, realizar verificações de antecedentes e reputação profissional é uma medida preventiva importante para evitar riscos internos e preservar a integridade das operações, especialmente em funções que lidam com dados sensíveis, estoque ou financeiro.
Além disso, garantir que fornecedores e parceiros também sigam boas práticas de compliance e LGPD faz parte do mesmo compromisso e da homologação de parceiros.
As informações de clientes e transações devem ser armazenadas de forma segura, com acesso restrito e criptografia. É importante revisar permissões, atualizar sistemas e manter antivírus e firewalls sempre ativos, especialmente durante o pico de acessos.
O treinamento da equipe também é parte da prevenção. É importante que todos estejam preparados para reconhecer tentativas de phishing, e-mails falsos ou comportamentos suspeitos, além de saber como agir diante de uma possível fraude.
O monitoramento da reputação da marca não pode ser deixado de lado. Nesse sentido, é importante acompanhar sites, anúncios e perfis que possam usar indevidamente o nome da empresa é uma forma eficaz de proteger a imagem do negócio e evitar prejuízos à confiança do consumidor.
Com o alto volume de vendas, contratações temporárias e parcerias aceleradas, a linha entre uma operação segura e um problema de integridade pode ser muito tênue. Assim, mais do que cautela, é preciso prevenção e informação.
Por isso, adotar práticas de compliance e verificação de antecedentes é o caminho mais seguro para atravessar a Black Friday sem expor sua marca a riscos.
Por isso, a BGC Brasil oferece soluções que ajudam sua empresa a aprimorar o processo de contratação e gestão de terceiros durante o período de alta demanda:
Com essas soluções, sua empresa pode focar no que realmente importa: vender com confiança, proteger sua reputação e garantir que a Black Friday seja oportunidade.
Quer fortalecer ainda mais a segurança do seu negócio? Acesse os conteúdos da BGC e descubra como a integridade pode ser o diferencial da sua operação nesta Black Friday.
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Maria Eduarda
Especialista em Produção de Conteúdo sobre Gestão de Riscos na BGC Brasil e estudante de Comunicação Social em Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
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