Publicado em
30/05/2025
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Hoje, o feedback é uma das ferramentas mais estratégicas para impulsionar o desenvolvimento individual e empresarial, além de construir uma cultura organizacional transparente.
O feedback, em definição é uma devolutiva sobre comportamentos, atitudes ou entregas.
Quando feito da maneira certa, aumenta o engajamento, diminui o turnover, fortalece a confiança e melhora o desempenho geral da equipe. No entanto, quando negligenciado ou mal conduzido, pode gerar insegurança, desmotivação e ruídos que comprometem os resultados.
Leia também: 7 erros básicos no processo de admissão que você deve evitar
Neste guia completo, você vai entender:
Se você é do RH ou atua com liderança, este conteúdo vai te ajudar a transformar o feedback em uma prática contínua e estratégica. Boa leitura!
A palavra feedback vem do inglês e significa literalmente “retroalimentação”, ou seja, o retorno dado sobre uma ação, comportamento ou resultado. No ambiente corporativo, é a prática de comunicar de forma clara e estruturada como determinado desempenho foi percebido, com o objetivo de orientar, desenvolver e alinhar expectativas.
Mais do que uma avaliação pontual, o feedback é um canal de comunicação essencial para a construção de relações saudáveis e produtivas. Ele cria espaço para reconhecimento, aprendizado e melhoria contínua, além de reforçar os valores da organização e impulsionar a performance individual e coletiva.
No contexto da gestão de pessoas, o feedback se torna ainda mais estratégico. Ele permite que lideranças atuem de forma próxima e personalizada, identificando talentos, antecipando problemas e criando planos de desenvolvimento sob medida. Para os colaboradores, é uma oportunidade de crescimento, segurança e conexão com a cultura da empresa.
Mas para que esse processo funcione, é preciso mais do que boa intenção. Feedback eficaz exige preparo, empatia, escuta ativa e uma comunicação alinhada ao perfil de quem o recebe.
A seguir, vamos explorar os principais tipos de feedback, com exemplos práticos e orientações para aplicar cada um deles da forma certa.
Aplicar o feedback de forma eficaz exige entender qual tipo de retorno é mais adequado para cada situação e perfil.
Cada formato tem um objetivo diferente, seja corrigir uma conduta, reforçar um comportamento positivo ou simplesmente abrir espaço para conversas mais humanas.
Abaixo, listamos os principais:
Foca no desenvolvimento. É utilizado para sinalizar comportamentos ou entregas que podem ser aprimorados, sempre com uma proposta de solução. Deve ser direto, empático e trazer sugestões claras.
Exemplo:
“Percebi que nas últimas reuniões você teve dificuldade em organizar os argumentos. Posso te ajudar com um modelo de apresentação que tem funcionado bem com o time. Vamos testar juntos?”
Reforça atitudes que devem ser mantidas. É essencial para engajar, motivar e reconhecer o que está sendo feito corretamente. Quando é específico, tem ainda mais impacto.
Exemplo:
“Seu atendimento ao cliente ontem foi impecável. A forma como você resolveu o problema em poucos minutos foi destacada até pelo gestor da área.”
É o mais delicado, pois aborda erros ou falhas. Deve ser feito com respeito e objetividade, sempre evitando julgamentos pessoais. A ideia não é punir, mas gerar consciência e orientar melhorias.
Exemplo:
“Notei que o relatório da semana passada foi entregue com erros importantes. Você conseguiu revisar com calma antes de enviar? Que tal criarmos juntos um checklist para as próximas entregas?”
Diz respeito ao comportamento e relacionamento interpessoal. Pode ser usado para alinhar atitudes que afetam o clima da equipe ou a dinâmica de trabalho.
Exemplo:
“Tenho percebido que suas interrupções nas reuniões acabam dificultando o raciocínio dos colegas. Que tal definirmos um momento para cada um contribuir com ideias?”
Envolve múltiplos pontos de vista: gestores, colegas, liderados e até clientes. É ideal para avaliações de desempenho mais robustas, com foco em autoconhecimento e desenvolvimento integral.
O feedback bem aplicado é um dos instrumentos mais poderosos da gestão de pessoas. Ele conecta, desenvolve, corrige e inspira. Quando presente na cultura da empresa, transforma a rotina de equipes inteiras.
A avaliação de desempenho é uma das ferramentas mais estratégicas da gestão de pessoas.
Leia mais sobre: Reskiling e Upskilling: Como capacitar seus colaboradores
No entanto, sem feedback, ela perde sua eficácia e se torna apenas um relatório frio de resultados.
Mais do que medir, é preciso comunicar com clareza o que foi avaliado. Ao dar um retorno, o líder ajuda o colaborador a:
A ausência de feedback após uma avaliação pode gerar dúvidas, insegurança e até frustração.
Já um retorno bem conduzido gera o efeito oposto: motiva o colaborador a evoluir, pois ele entende onde está e o que precisa fazer para crescer.
Existem técnicas estruturadas que ajudam a transformar o momento do feedback em uma experiência mais clara, produtiva e respeitosa, tanto para quem oferece quanto para quem recebe
Uma das mais recomendadas. Essa técnica organiza a conversa em três passos simples:
Situação: descreva o contexto com objetividade.
“Na reunião de segunda-feira…”
Comportamento: explique a atitude observada.
“…você interrompeu o colega algumas vezes…”
Impacto: detalhe as consequências daquela ação.
“…e isso prejudicou a fluidez da conversa e o entendimento dos demais participantes.”
Essa estrutura evita julgamentos e torna o feedback baseado em fatos.
Muito utilizado em ambientes mais sensíveis, esse modelo intercala uma crítica entre dois elogios:
Embora eficiente para preservar o clima emocional, deve ser usado com moderação para não mascarar o real objetivo da conversa.
Usado em avaliações mais completas, o colaborador recebe percepções não apenas do gestor, mas também de colegas, liderados e até clientes. O objetivo é oferecer uma visão ampla de sua atuação no ecossistema organizacional.
Um bom feedback não precisa esperar a avaliação semestral. Comentários rápidos, dados logo após a situação, ajudam a reforçar comportamentos positivos ou corrigir desvios com agilidade.
Feedback não é apenas uma ferramenta de desenvolvimento individual, ele tem poder de transformar a cultura organizacional como um todo.
Quando incorporado de forma estratégica, o feedback fortalece relações, reduz ruídos de comunicação e impulsiona a performance coletiva.
Veja como aplicar isso na prática:
Incentivar o feedback é também incentivar a escuta.
Times que sabem ouvir de verdade constroem ambientes mais empáticos, transparentes e colaborativos.
Leia: Lifelong learning: Como manter colaboradores atualizados
Aqui, o feedback deixa de ser uma correção pontual e passa a ser uma dinâmica constante de melhoria mútua.
Muitas empresas limitam os feedbacks a avaliações semestrais ou anuais. Isso cria distanciamento.
Feedbacks curtos e frequentes aumentam o engajamento, evitam acúmulo de tensões e permitem ajustes mais rápidos no comportamento e na performance.
Dica: inclua feedbacks como parte de rituais do time, reuniões 1:1, encerramento de projetos ou mesmo no onboarding de novos colaboradores.
Receber e dar feedback exige preparo.
Por isso, oferecer treinamentos sobre comunicação não-violenta, empatia e escuta ativa pode melhorar o clima organizacional e preparar líderes e liderados para conversas mais honestas, e produtivas.
Muitas empresas usam o feedback apenas para correções.
No entanto, reforçar comportamentos positivos é uma maneira poderosa de manter a motivação e incentivar a repetição dessas atitudes.
Um elogio bem dado pode ter mais impacto do que uma crítica técnica.
O feedback deve ser parte do plano de desenvolvimento individual (PDI), das reuniões de equipe e dos indicadores de performance.
Assim, ele deixa de ser um “momento isolado” e passa a contribuir para o crescimento estratégico da empresa.
Mais do que uma ferramenta de correção, o feedback é uma ponte entre o que se espera e o que se entrega.
Quando aplicado com empatia, clareza e estratégia, ele transforma o ambiente de trabalho, fortalece vínculos e impulsiona resultados.
Saiba mais em: Entenda cultura organizacional, seu impacto e valor para a empresa
Em um mercado cada vez mais competitivo, reter talentos e desenvolver equipes de alta performance exige muito mais do que metas: exige conversas sinceras, escuta ativa e uma cultura que valorize o crescimento constante.
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Monise Soares
Estagiária de Marketing com foco em Produção de Conteúdo sobre Gestão de Riscos na BGC Brasil e estudante de Marketing Digital no Centro Universitário Internacional (UNINTER).
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