Publicado em
11/07/2025
| Atualizado em
13/11/2025
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O OEA (Operador Econômico Autorizado) é um programa da Receita Federal do Brasil, alinhado às diretrizes da Organização Mundial das Aduanas (OMA), que reconhece empresas como parceiras confiáveis e seguras no comércio exterior.
Em um cenário global cada vez mais atento à segurança nas operações comerciais, as empresas têm buscado certificações que atestem sua confiabilidade perante autoridades e parceiros internacionais. Nesse contexto, surge o Programa Operador Econômico Autorizado (OEA), uma iniciativa da Receita Federal do Brasil alinhada às normas da Organização Mundial das Aduanas (OMA).
Criado para cuidar da segurança das cadeias logísticas e facilitar o comércio internacional, o OEA reconhece empresas que adotam boas práticas de compliance, gestão de riscos e controle aduaneiro. Assim, ao obter a certificação, a companhia passa a ser vista como parceira estratégica do Estado, apta a operar com maior agilidade, credibilidade e competitividade nos mercados nacional e global.
Esse selo técnico ainda representa uma mudança nas empresas, que uma vez reconhecidas, passam a investir em processos internos mais seguros e transparentes, envolvendo desde a checagem de antecedentes de colaboradores e fornecedores até o monitoramento constante de riscos e conformidade.

O Operador Econômico Autorizado (OEA) é um programa voluntário de certificação que reconhece empresas comprometidas com a segurança da cadeia logística internacional e o cumprimento das normas tributárias e aduaneiras.
Na prática, ele funciona como um selo de confiança concedido pela Receita Federal a organizações que demonstram rigor em seus controles internos, gestão de riscos eficaz e aderência às boas práticas de compliance. O objetivo é criar um ambiente de comércio exterior mais seguro, ágil e integrado entre governo e iniciativa privada.
A certificação OEA é uma das formas mais eficientes de comprovar credibilidade no mercado internacional. Além de garantir vantagens operacionais, como despacho aduaneiro prioritário e redução de burocracia, ela mitiga riscos reputacionais e aprimora a visão da empresa perante parceiros, fornecedores e investidores.
Isso é muito importante, especialmente em um cenário no qual empresas certificadas se tornam mais competitivas em licitações e parcerias globais. Ou seja, é possível dizer que selo OEA é reconhecido internacionalmente em acordos de cooperação aduaneira.
Leia sobre “Como realizar a homologação de fornecedores em 8 passos”
Para conquistar a certificação OEA (Operador Econômico Autorizado), a empresa precisa comprovar à Receita Federal do Brasil que é segura, confiável e cumpre integralmente as normas aduaneiras e fiscais. O processo é voluntário e estruturado em etapas que envolvem autoavaliação, comprovação documental e auditoria técnica.
A seguir, o passo a passo completo para emitir a certificação do OEA
O programa é dividido em três modalidades:
OEA-Conformidade (OEA-C): voltado à regularidade fiscal e aduaneira.
OEA-Segurança (OEA-S): focado em segurança física, documental e de pessoal na cadeia logística.
OEA-Pleno: reúne os requisitos de conformidade e segurança.
Antes de iniciar o processo, a empresa deve identificar qual modalidade se aplica melhor às suas operações.
Essa é a etapa de preparação. A empresa precisa revisar seus processos e políticas internas para garantir que atende aos critérios do programa. Isso inclui verificar regularidade fiscal e trabalhista, assim como promover controles internos: checagem de antecedentes de colaboradores e parceiros, políticas de segurança em instalações, transporte e tecnologia da informação.
O Formulário de Autoavaliação é o principal documento do processo de certificação e está disponível no site da Receita Federal. Ele reúne todas as perguntas e requisitos que a empresa deve atender. Cada resposta precisa ser acompanhada de evidências documentais, como relatórios de auditoria, políticas internas, registros de segurança, manuais e certificados.
Com o FAA concluído e as evidências reunidas, o pedido de certificação é feito digitalmente no Portal Único do Comércio Exterior (Siscomex). A Receita Federal analisa toda a documentação e pode realizar visitas presenciais para verificar as práticas adotadas pela empresa.
Após a análise técnica, se todos os requisitos forem atendidos, a Receita Federal emite o Certificado OEA, reconhecendo oficialmente a empresa como Operador Econômico Autorizado. É importante saber que a certificação não tem prazo de validade, mas está sujeita a monitoramento contínuo e auditorias periódicas para garantir a manutenção dos padrões exigidos.
Para conquistar a certificação OEA (Operador Econômico Autorizado), a empresa precisa demonstrar que suas operações seguem padrões rigorosos de conformidade, segurança e integridade. O programa não avalia apenas processos logísticos e fiscais, mas também o comprometimento da organização com práticas éticas e de gestão de riscos.
Entre as exigências centrais estão o cumprimento de todas as obrigações fiscais e aduaneiras, a implementação de controles internos e a adoção de medidas de segurança física, documental e operacional. Esses fatores são avaliados de forma detalhada no Formulário de Autoavaliação (FAA) e devem ser comprovados com documentos, políticas internas e registros de controle.
Um dos pontos que mais ganha relevância no processo é a checagem de antecedentes de colaboradores, fornecedores e prestadores de serviço. Esse processo, também conhecido como background check, é essencial para garantir que todos os agentes envolvidos na cadeia logística e aduaneira sejam idôneos e estejam em conformidade com a legislação vigente.
A verificação pode incluir antecedentes criminais, análise de histórico profissional, validação de informações cadastrais e outros dados relevantes para identificar possíveis vínculos com atividades ilícitas, fraudes ou condenações relacionadas à corrupção e crimes financeiros.
O programa OEA está totalmente alinhado aos pilares de compliance e governança corporativa. Isso já que, como vimos acima, para manter a certificação, a empresa deve demonstrar compromisso contínuo com integridade, ética e monitoramento de riscos, evitando fraudes, corrupção e desvios de conduta.
Nesse sentido, o OEA não é apenas um reconhecimento técnico, mas passa a ser também uma declaração de compromisso com a integridade institucional.
As vantagens da certificação vão muito além da reputação. O selo OEA traz benefícios operacionais, como:
Esses benefícios refletem diretamente na eficiência das operações e no fortalecimento da confiança entre os elos da cadeia produtiva. Além disso, impactam diretamente no caixa da sua empresa, de modo positivo.
A conquista do selo OEA (Operador Econômico Autorizado) exige que as empresas comprovem não apenas regularidade fiscal e aduaneira, mas também a implementação de verificação de antecedentes e controle de riscos em todas as etapas da cadeia de operação.
Nesse sentido, soluções de background check automatizadas e seguras, como a da BGC Brasil, permitem às empresas verificar o histórico de colaboradores, fornecedores e parceiros comerciais com agilidade e confiabilidade. As análises seguem padrões de governança e compliance compatíveis com as exigências da Receita Federal e com as diretrizes internacionais da Organização Mundial das Aduanas (OMA).
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Maria Eduarda
Especialista em Produção de Conteúdo sobre Gestão de Riscos na BGC Brasil e estudante de Comunicação Social em Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
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