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Checagem veicular: por que é essencial para a logística?

Publicado em

13/06/2025

Tópicos abordados

Em um país que mata 6,16 mil pessoas em apenas um único ano em acidentes em rodovias federais e que tem fiscalizações constantes em cada estado com números alarmantes de veículos em situação de irregularidade, ignorar o histórico de condutores ou o estado documental dos veículos da frota sai caro, tanto em prejuízos financeiros quanto em reputação.

Nesse contexto, a checagem veicular é uma ferramenta de proteção indispensável para empresas que desejam operar com eficiência e dentro da legalidade.

Ela permite identificar motoristas com histórico de infrações graves, veículos com pendências judiciais, restrições administrativas, furtos, clonagem ou IPVA em aberto fatores que podem comprometer diretamente a operação, causar apreensões e gerar perdas irreversíveis.

Caminhões trafegando na estrada no por do sol.
Checagem veicular por que ela é essencial para a logística.

Neste artigo, você vai entender como funciona a checagem veicular aplicada à logística, por que ela é importante em diferentes frentes do setor, quais tecnologias estão transformando esse processo e como aplicá-la de forma estratégica na sua empresa.

O que é checagem veicular e quais riscos ela evita?

A checagem veicular é o processo de verificação documental e legal de um veículo antes de sua utilização operacional. Ela vai além da simples análise do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo): envolve cruzamento de dados em bases públicas e privadas para detectar irregularidades como:

  • restrições administrativas e judiciais;
  • registros de furto ou roubo;
  • inadimplência (como IPVA ou multas vencidas);
  • clonagem ou adulteração;
  • licenciamento vencido;
  • pendências que podem levar à apreensão do veículo.

Para empresas que atuam com logística, esse processo não é opcional. Em operações de transporte urbano e rodoviário, o uso de veículos irregulares pode causar desde atrasos por apreensões até sanções contratuais e bloqueios em marketplaces de frete.

Segundo reportagem do blog do caminhoneiro, na manhã de terça-feira, 10 de junho, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou uma fiscalização na BR-406, em São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, e flagrou duas situações que comprometiam a segurança nas rodovias. E isso é comum, pois a PRF destaca que fiscalizações como essas são essenciais para garantir a segurança nas rodovias e proteger vidas.

Além dos riscos operacionais, a checagem veicular protege a empresa de fraudes no processo de onboarding de motoristas parceiros. No last mile, onde a contratação é mais dinâmica e pulverizada, é comum que veículos com pendências tentem entrar na operação como forma de “burlar o sistema” e continuar ativos no mercado.

A falta de controle nesse ponto pode levar à perda de contratos com seguradoras ou gerar impactos financeiros diretos. Para empresas que dependem de margens apertadas, como é comum na logística de entrega rápida, esse tipo de falha pode ser determinante para o sucesso ou fracasso da operação.

A checagem veicular nos bastidores da logística: antifraude, onboarding e gestão de riscos

A checagem veicular, embora muitas vezes vista como uma etapa burocrática, é um dos pilares da segurança operacional na cadeia logística.

Nos bastidores das entregas que chegam no prazo e das cargas que trafegam sem incidentes, há um esforço contínuo de validação documental, análise de riscos e controle de fraudes, tudo isso começa (ou falha) na triagem do veículo e do condutor.

Leia também: Documentoscopia: o que é e qual a sua importância

No universo da logística last mile, por exemplo, empresas trabalham com centenas (às vezes milhares) de motoristas parceiros, responsáveis por levar a mercadoria até o consumidor final.

Muitos desses motoristas atuam com seus próprios veículos, o que exige do time de onboarding e antifraude uma análise minuciosa antes de aprová-los na operação.

A checagem veicular entra como um mecanismo que evita que motoristas com veículos irregulares, furtados ou com pendências legais entrem no sistema.

Essa triagem é importante para cumprir a legislação, e também para proteger a margem de lucro da operação.

Se um veículo for apreendido durante uma entrega, seja por falta de licenciamento ou envolvimento em processo judicial, a empresa arca com o custo da falha. Isso inclui reembolso ao cliente, multa contratual com o embarcador e, muitas vezes, o custo do transporte duplicado.

No cenário de logística de armazenagem e transporte de cargas em maior escala, a dinâmica é diferente, mas a necessidade de controle não é menor.

Aqui, quem assume esse papel geralmente é a equipe de Gestão de Riscos (GR), muitas vezes contratada por seguradoras para garantir que a frota e os condutores estejam dentro dos padrões exigidos. A GR calcula riscos, define políticas de aceitação e emite pareceres que interferem diretamente na aceitação de um seguro ou na liberação de uma carga.

Nessa cadeia, uma falha da GR na validação veicular pode resultar em prejuízo direto para a seguradora, que se vê obrigada a pagar prêmios mesmo quando a frota não estava em conformidade. Por isso, as seguradoras passaram a homologar as GRs e cobrar procedimentos mais rígidos, o que, na prática, se traduz em maior exigência sobre a checagem de cada veículo envolvido na operação.

Por fim, vale lembrar que a pressão por agilidade em cadastros e integrações não pode atropelar a segurança.

Documentos, dados e etapas da checagem: o que é analisado?

A checagem veicular, quando bem estruturada, vai além de uma simples consulta ao licenciamento. Trata-se de um processo que integra dados públicos e privados para mapear o histórico completo de um veículo e, em muitos casos, prevenir riscos invisíveis à primeira vista.

Entre os documentos e dados analisados estão:

  • Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam): número único que permite rastrear o histórico do veículo, incluindo licenciamento, multas e vistorias.
  • Situação do licenciamento (CRLV-e): checa se o veículo está autorizado a circular legalmente, considerando pendências como IPVA e DPVAT.
  • Dados de furto e roubo: extraídos de bases estaduais e do sistema Sinesp Cidadão, esses dados ajudam a identificar se o veículo foi roubado, furtado ou recuperado com restrição ativa.
  • Consulta de sinistros: identifica se o veículo já esteve envolvido em acidentes graves e se foi declarado como perda total fator de alto impacto na precificação de seguros e na confiabilidade operacional.
  • Situação judicial: verifica se há bloqueios judiciais, pendências em processos civis, trabalhistas ou ações de busca e apreensão vinculadas ao veículo.
  • Histórico de leilão ou gravame: aponta se o veículo já foi alienado, leiloado ou se tem restrição financeira (como pendência em financiamento ou leasing).
  • Dados técnicos (modelo, cor, ano, placa, motorização): confrontados com os registros oficiais para evitar fraudes por adulteração.

Além da análise documental, etapas operacionais também compõem a checagem veicular, principalmente em transportadoras de médio e grande porte. Entre as mais comuns:

  1. Coleta de documentos: normalmente feita via upload pelo motorista ou equipe de onboarding;
  2. Consulta automatizada em sistemas integrados (como Serpro, Sinesp, Detran, Denatran ou soluções privadas);
  3. Avaliação de risco por parte da equipe antifraude ou GR (Gestão de Riscos), com base nas ocorrências encontradas;
  4. Classificação do veículo (liberado, pendente ou reprovado);
  5. Revisão manual em casos de alerta (como indícios de fraude ou inconsistência de dados);
  6. Homologação ou reprovação, com envio automático para o sistema da seguradora ou do parceiro logístico.

Esse processo é especialmente valioso quando automatizado, pois reduz a margem de erro humano e acelera o onboarding. Em grandes operações logísticas, cada hora economizada no cadastro é uma entrega feita a mais e, mais importante, uma falha a menos no controle de risco.

Se o onboarding for falho, o risco se multiplica: desde atrasos e multas até fraudes, roubo de carga e impactos à imagem da marca. É por isso que times de antifraude, compliance e gestão logística têm buscado soluções mais robustas para essa etapa.

As consequências de não checar: da apreensão à perda de contratos

Em um setor onde os prazos são apertados, as margens cada vez mais enxutas e a confiança no parceiro logístico é fator decisivo, deixar de fazer a checagem veicular pode gerar prejuízos incalculáveis.

Apreensões e multas são as primeiras dores visíveis.

Um veículo com licenciamento vencido, pendência judicial ou envolvimento em sinistros anteriores pode ser apreendido em uma blitz da PRF, especialmente nas rotas interestaduais com fiscalização reforçada. Quando isso acontece, a carga é retida, a entrega é cancelada e o impacto recai direto sobre o cliente final o que mina a credibilidade da transportadora.

Outro ponto crítico é a perda de contratos com grandes embarcadores ou seguradoras. Muitas empresas, principalmente aquelas que operam no last mile para gigantes como Amazon, Mercado Livre, Shopee ou Magalu são submetidas a auditorias periódicas. Um único incidente com veículo irregular pode levar à desclassificação da transportadora, mesmo que o restante da frota esteja regularizado.

Além disso, há o risco oculto da responsabilidade solidária. Se um acidente for provocado por um motorista com CNH vencida ou veículo com restrição judicial e houver vítimas, a empresa pode ser responsabilizada judicialmente, tanto civil quanto criminalmente.

A ausência de uma checagem estruturada também abre espaço para a inadimplência operacional. Há motoristas que, ao saberem que o veículo está em nome de terceiros ou com pendência judicial, somem com a carga ou abandonam o veículo ao primeiro sinal de problema.

Por fim, há os impactos intangíveis: atrasos constantes, sobrecarga da equipe antifraude, desconfiança de clientes e parceiros e perda de competitividade em licitações logísticas.

Quais os benefícios para empresas de logística, GRs e seguradoras?

Para empresas da cadeia logística, GRs (gestoras de risco) e seguradoras, a checagem veicular representa um ponto de controle estratégico com impactos diretos em segurança, custo e desempenho operacional. Veja como cada agente da cadeia se beneficia na prática:

Empresas de logística (armazenagem, transporte e last mile)

  • Redução de prejuízos com veículos bloqueados ou apreendidos
    Em operações de last mile, basta um carro fora de conformidade ser parado para comprometer dezenas de entregas e prejudicar a reputação da empresa.
  • Melhor gestão de riscos com frota terceirizada
    Ao contratar autônomos ou agregados, a empresa precisa validar se o veículo está regular e em condições de operar com segurança. A checagem previne desde fraudes até acidentes.
  • Agilidade no onboarding de motoristas e veículos
    Automatizar a checagem veicular ajuda times de onboarding e antifraude a atuarem com mais rapidez e eficiência, sem abrir mão da segurança.
  • Conformidade com requisitos de clientes e parceiros (como marketplaces)
    Grandes marketplaces, como Mercado Livre e Amazon, exigem que veículos da última milha estejam regulares e segurados. Ter um processo de checagem ajuda a manter esses contratos.

Gestoras de risco (GRs)

  • Cálculo de risco mais preciso e preventivo
    As GRs são responsáveis por avaliar o risco logístico de toda a operação e isso inclui o perfil do condutor, da carga e do veículo. Um histórico de irregularidades ou um veículo com pendência judicial pode elevar o risco e gerar sinistros evitáveis.
  • Fortalecimento da relação com seguradoras
    Seguradoras só homologam GRs confiáveis e tecnicamente competentes. Um processo robusto de checagem de frotas eleva a credibilidade da GR, reduz perdas e melhora os indicadores de performance.
  • Prevenção de fraudes e falsificações
    A checagem cruzada de dados (placa, Renavam, CNH do condutor) ajuda a detectar tentativas de fraude, como documentação adulterada ou identidade falsa um dos principais riscos do setor.

Seguradoras

  • Redução da sinistralidade
    Veículos irregulares, com pendências judiciais ou origem duvidosa, têm maior chance de se envolver em sinistros. Exigir a checagem veicular antes da apólice protege o negócio e reduz o pagamento de prêmios indevidos.
  • Base de dados mais precisa para precificação
    A qualidade das informações sobre a frota segurada impacta diretamente no cálculo de risco e valor das apólices. Uma checagem bem-feita ajuda a precificar de forma justa e reduzir perdas.
  • Cumprimento de obrigações legais e regulatórias
    O setor de seguros é um dos mais regulados do país. Ter políticas claras de validação de veículos mostra diligência e reduz o risco jurídico.

Conclusão: a checagem veicular é um elo estratégico na logística moderna

Entre fraudes, sinistros, apreensões e pressões por eficiência, verificar o histórico dos veículos envolvidos na operação é uma etapa essencial para o seu negócio.

Para as empresas que atuam no last mile, a checagem garante que motoristas autônomos ou parceiros estejam alinhados com os padrões da operação.

Já para transportadoras, distribuidoras e operadores logísticos, ela protege contra riscos operacionais que podem comprometer contratos inteiros. E, no caso das gestoras de risco, é uma etapa crítica para sustentar cálculos de viabilidade e previsibilidade frente às seguradoras.

Hoje, existem soluções que fazem a verificação de placa e CNH com dados públicos e com respaldo legal, integrando em tempo real com sistemas de controle e embarque. Tudo isso para que a operação seja mais segura, previsível e competitiva.

Por isso, BGC atua com inteligência na checagem de ativos, oferecendo soluções completas para validação de veículos e motoristas em operações logísticas.

Se você busca mais segurança no onboarding e quer reduzir riscos na sua operação, fale com um dos nossos especialistas e conheça nossa solução de checagem veicular.

Monise Soares

Estagiária de Marketing com foco em Produção de Conteúdo sobre Gestão de Riscos na BGC Brasil e estudante de Marketing Digital no Centro Universitário Internacional (UNINTER).

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Monise Soares

Estagiária de Marketing com foco em Produção de Conteúdo sobre Gestão de Riscos na BGC Brasil e estudante de Marketing Digital no Centro Universitário Internacional (UNINTER).

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